A pesquisa CNT/Sensus identificou que as denúncias sobre o suposto tráfico de influência no Executivo e Judiciário de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são conhecidas por 74,1% dos entrevistados. A pesquisa mostrou que entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do episódio Vavá, 52,2% opinaram que o presidente Lula tinha conhecimento prévio da atuação do irmão, 38,7% consideraram que Lula não tinha conhecimento prévio e 9% não responderam ou não sabem.
Dos entrevistados que tiveram conhecimento ou ouviram falar do episódio Vavá, 75,1% acreditam nas denúncias, enquanto 15,2% não acreditam. De acordo com a pesquisa, 9,7% não responderam ou não sabem. Porcentual semelhante também foi verificado quando o instituto perguntou se o indiciamento de Vavá foi correto e adequado: 76,9% consideraram que sim; 14,6% consideraram incorreto ou inadequado; 8,5% não responderam ou não souberam.
Das pessoas consultadas pela pesquisa que têm acompanhado ou ouviram falar do episódio Vavá, 70,7% consideraram que foi negativo para o governo e para o presidente Lula, 24,5% discordaram que o efeito tenha sido negativo e 4,8% não sabem ou não responderam.
Os entrevistados também opinaram sobre o vazamento de informação da investigação sobre Vavá: 67,1% consideraram que esse vazamento foi de natureza política e 23,3% avaliaram que o vazamento não teve natureza política. Já 9,6% não responderam ou não sabem.
O diretor presidente do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, comentou o fato de a avaliação do presidente não ter sido influenciada pela constatação de que, para os entrevistados, Lula sabia da atuação de Vavá. Segundo Guedes, o fato de o presidente ter conhecimento das atividades do irmão não significa para o entrevistados, participação do presidente. "O que mostra a popularidade do governo é o funcionamento da economia, os programas sociais e o carisma do presidente Lula", afirmou Guedes.
A pesquisa foi realizada no período de 18 a 22 de junho em 136 municípios distribuídos em 24 estados. Foram feitas 2 mil entrevistas e a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.
