O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, afirmou que vai pedir ao governo federal para que reveja os critérios dos contratos de concessão de rodovias firmados pelo modelo anterior de privatização, que, na sua avaliação, prejudica o usuário com pedágios mais caros.
Segundo ele, o último leilão de concessões de rodovias federais, cujo resultado foi confirmado semana passada, "mostra claramente que é possível reduzir os pedágios". Clésio Andrade completou que a privatização pode ser uma solução apenas para oito mil quilômetros de rodovias. Segundo ele, esses trechos têm condições para serem privatizadas porque permitem rentabilidade aos concessionários. O restante, na sua opinião, ainda tem de ser administrado pelo governo ou ser submetidos ao sistema de Parceria Público-Privada (PPP).
A CNT destacou em especial nessa pesquisa a necessidade de redução da quantidade de enxofre na composição do óleo diesel comercializado no País como forma de melhorar o desempenho dos motores, reduzir a poluição ambiental. Para Clésio, compete à Petrobras essa iniciativa, que envolveria um investimento de R$ 3 bilhões para a reforma de suas refinarias.