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Foto: Marceloo Casal Jr./Agência Brasil

Cardeal Geraldo Majella: repúdio ao crime organizado.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Geraldo Majella Agnelo, defendeu a participação das Forças Armadas na luta contra o crime organizado em São Paulo. Dom Agnelo considera que o auxílio em caráter subsidiário seria uma atribuição normal do Exército.

O vice-presidente da CNBB, dom Antonio Celso de Queirós concorda: ?A gente sempre pensa em soldado prendendo criminoso nas ruas. Mas há outras maneiras das Forças Armadas colaborarem. Todo serviço de inteligência, por exemplo.? Para dom Queirós, seria possível também o Exército participar do policiamento preventivo nas imediações dos presídios.

O secretário-geral da CNBB, dom Odilo Scherer, no entanto, não apresenta a convicção dos companheiros. ?Qual seria a função das Forças Armadas? O problema não é pôr o Exército nas ruas. O problema é outro?, afirmou. Ele lembrou ainda que crime organizado não ocorre apenas no Estado de São Paulo, mas em outros locais do País.

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As declarações foram dadas ontem no lançamento da nota contra violência em favor da paz, um documento preparado pela CNBB com sugestões sobre como enfrentar o crime organizado. Entre as ações consideradas essenciais pela CNBB está a superação da cultura da impunidade ?que produz revolta e injustiça desabonadoras para o Estado e a Sociedade, enfraquecendo suas instituições?.

A entidade defendeu uma solução urgente para a superlotação dos presídios. Entre as medidas sugeridas está a garantia de assistência judiciária gratuita, o que permitiria a liberação de pessoas que já cumpriram a pena determinada na Justiça. A CNBB enfatizou ainda a necessidade de reformular órgãos de segurança, oferecendo melhor condição de serviço aos agentes, o combate à miséria, à fome e à marginalização.

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