O clima seco predominante nesta época do ano influencia para o aumento de focos de incêndios na cidade de São Paulo. Neste período de estiagem, tornam-se mais frequentes as queimadas em vegetação. Nesta terça-feira, 15, a garoa deu uma trégua ao registro de ocorrências. Porém, nas últimas semanas a falta de chuva intensificou o problema.
No início de agosto, a reportagem flagrou este tipo de ocorrência no canteiro de um rio localizado na Rua Manuel Leiroz com a Rua Buenos Aires, na Vila Penteado, na zona leste. Além do risco de as chamas avançarem para outros pontos, a fumaça também é prejudicial. “O fogo se alastra rapidamente. É ruim até para a nossa saúde”, alertou Milton Russo, que mora na região há 30 anos.
“A queimada em vegetação no bairro é muito comum. A própria população queima e até joga ponta de cigarro”, afirmou a moradora Delma Schmidt.
Entre janeiro e junho deste ano, foram registradas 487 ocorrências na capital paulista, número 20% menor que em 2016, quando foram atendidos 618 casos deste tipo no mesmo período. No entanto, as ações preventivas permanecem. Até o mês de outubro, o Corpo de Bombeiros realiza a operação ‘Corta Fogo’, disponibilizando um número maior de viaturas voltadas para o atendimento dessas ocorrências.
Além de queimadas em vegetação, nesta semana, um incêndio foi provocado pela queima de entulho na Avenida Salim Farah Maluf, nas proximidades do Tatuapé, também na zona leste. E em dias mais frios, a atenção se volta aos moradores de rua que costumam fazer fogueiras embaixo de viadutos, principalmente no centro da cidade.
O Corpo de Bombeiros orienta a população a não jogar ponta de cigarros em locais inapropriados e a evitar fogueiras, uma vez que as fagulhas podem ser levadas pelo vento e podem espalhar as chamas. Também é recomendável não soltar fogos de artifícios perto de áreas florestais.