São Paulo
– O candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) divulgou uma “carta aberta à imprensa” em que responde as acusações que recebeu do candidato governista à presidência, José Serra (PSDB-PMDB), durante o debate realizado na Rede Bandeirantes, no domingo. No documento, Ciro reitera que no período em que foi ministro da Fazenda, o salário mínimo atingiu cerca de US$ 100, em valores atualizados. O ex-ministro da Fazenda diz ainda que após sua saída do governo houve disparada de tarifas. O candidato afirma ter concluído um processo de resgate de 100% dos títulos da dívida mobiliária do Ceará, processo iniciado por Tasso Jereissati, seu antecessor, a quem chama de “grande brasileiro” e “amigo”.Por fim, Ciro relata na carta ter recebido, em 1993, no plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), o Prêmio Maurice Pate, “laurel mundial que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) concede, anualmente, a governos ou instituições que implementam programas ou políticas de sucesso em benefício das populações infantis”.
Serra acusou Ciro, no debate, de ter recebido um prêmio por um programa implementado por seu sucessor, Jereissati. “Ao meu lado, na cerimônia, estava, a meu convite e como reconhecimento pelo seu mérito, o meu antecessor, Tasso Jereissati, em cujo governo foi criado e desenvolvido o Programa Agentes de Saúde, responsável pela mais exitosa experiência brasileira de saúde preventiva, a qual na minha gestão se estendeu a todos os municípios cearenses”, argumenta.
“Firulas”
O candidato da coligação PSDB-PMDB, José Serra, rebateu ontem as acusações feitas pelo candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, em Carta à Imprensa divulgada ontem. De acordo com Serra, Ciro Gomes está utilizando de “firulas” para se explicar. Na carta divulgada hoje, o candidato da Frente Trabalhista afirmou que, em sua gestão no Ministério da Fazenda, o poder de compra do salário mínimo médio era equivalente a US$ 100.
Para Serra, no entanto, o salário mínimo nesse período atingiu um dos níveis mais baixos dos últimos oito anos e a taxa de juro real foi uma das mais altas da história, chegando, segundo ele, a 28%.
Candidato rejeita apoio
Ribeirão Preto
(AE) – O candidato à Presidência pela Frente Trabalhista (PPS, PDT e PTB), Ciro Gomes, disse que recusa o voto do ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo de Alagoas pelo PRTB. “Eu acho que ele quer se vingar de mim, porque eu votei contra ele no primeiro turno, pois votei no Mário Covas, e no segundo, quando votei no Lula. Lutei pelo impeachment dele e na verdade esse é um apoio que eu não pedi, de forma que eu não recebo”, disse Ciro, ao chegar no Aeroporto Leite Lopes. Ele participou de uma carreata em visita ao centro da cidade. Em seguida, o candidato seguirá para a Feira Agropecuária da Alta Mogiana (Feapam), onde fará palestra para um grupo de empresários da região.