O candidato da Frente Trabalhista a presidente, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), afirmou, logo depois da visita à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, que a saída para o País no próximo governo é não aceitar o receituário do Fundo Monetário Internacional (FMI). A afirmação foi feita ao comentar a declaração do economista-chefe do FMI, Keneth Rogoff, de que o ajuste da economia brasileira será ?doloroso?. ?A saída é não aceitar o receituário, que é, tecnicamente, ruinoso?, afirmou. Para Ciro, o Brasil tem de ?sair dessa lógica de dependência do capital externo, que nos deixa vulneráveis?. ?Esse modelo explode?, disse, afirmando que ?o único caminho é desarmar essa bomba?. Ele sustentou que o País precisa articular uma estratégia para elevar o nível interno da poupança e eliminar a dependência externa. Ciro voltou a defender a reforma tributária sobre ganhos de capital, em vez da incidência em produção e salários, e um sistema previdenciário baseado num regime de capitalização como ferramenta de poupança interna. Esse sistema, segundo o candidato da Frente Trabalhista a presidente, seria vinculado ao investimento produtivo, ?livrando o pequeno empreendedor brasileiro de endividar-se com esse juro mortal?. Ciro defendeu ainda a eliminação do déficit externo pelo aumento da exportação e do turismo.
