Cindactas terão alarmes para transponder

O diretor do Departamento do Controle do Espaço Aéreo (Decea), brigadeiro Paulo Hortêncio Albuquerque e Silva, confirmou ontem que será criado um sistema de alerta sonoro e visual nas telas dos radares dos Cindactas para chamar a atenção dos controladores de vôos em caso de desaparecimento do transponder que identifica um avião na tela do radar. Esta é uma das instruções repassadas pelo Comando da Aeronáutica aos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindactas) do País, como recomendações para evitar que acidentes se repitam pelos mesmos motivos de antes.

A alteração em todo o sistema, por causa dos diferentes tipos de software, vai levar cerca de dois anos. ?Queremos implementar uma nova apresentação (sistema efetivo de alerta) da informação de perda do mode charlie (que é altimetria do transponder), nas consoles-radar, nos softwares em uso pelo sistema do controle do espaço aéreo brasileiro, de forma a incrementar a consciência situacional dos controladores?, disse o brigadeiro, ao informar que a Aeronáutica quer ?criar um sistema de alerta para o controlador do tráfego aéreo, para o caso de perda da informação do transponder da aeronave?.

Ele acrescentou: ?Serão acrescidos alarmes sonoros ou visuais nas consoles operacionais (mesa onde fica o radar onde os controladores monitoram os aviões), no caso de perda de informação do transponder. Assim, não só o controlador, como seu supervisor, são alertados de que precisam dar mais atenção àquele avião porque alguma coisa não está funcionando bem ali.?

O Decea está orientando aos controladores também mais atenção às informações que aparecem nas telas dos radares, checando se a altitude que aparece na etiqueta na tela corresponde à que, de fato, a aeronave se encontra. ?Estamos determinando aos quatro cindactas (Brasília, Curitiba, Manaus e Recife) e ao Serviço de Proteção ao Vôo (SRPV) de São Paulo que enfatize aos controladores, nas reuniões diárias, a correta interpretação e utilização dos campos da etiqueta das aeronaves na apresentação radar?, comentou o brigadeiro.

Outro ponto que será estudado pela Aeronáutica e poderá ser alterado é a indicação, na tela do controlador, da altitude efetiva da aeronave. Hoje, esta indicação é feita conforme o plano de vôo, ou seja, a altitude informada ao controlador pode estar errada porque pode ter sido alterada automaticamente, seguindo a informação que foi inserida no sistema.

O brigadeiro Hortêncio disse ainda que a Aeronáutica quer promover um workshop com todos os integrantes da rede que envolve o tráfego aéreo – Empresa Brasileira de infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e empresas aéreas – para que a Força Aérea Brasileira (FAB) possa mostrar os problemas que ocorrem quando se ultrapassa a capacidade de controle de aeronaves. ?Queremos envolver todos os segmentos do setor nesta discussão?, comentou o brigadeiro.

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