São José dos Campos – Um ano e três meses depois de sua passagem pelo litoral sul do Brasil, o ciclone Catarina ainda intriga os especialistas no assunto. Cientistas e meteorologistas se reuniram ontem no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, para discutir o fenômeno. Organizado pela Sociedade Brasileira de Meteorologia, o objetivo do encontro é detectar quais as chances de fenômeno semelhante voltar a ocorrer no País.
Segundo o coordenador do encontro, o cientista Manoel Gan, o sistema, registrado em março do ano passado, tem semelhanças com os ciclones híbridos da Austrália e com os polares, registrados no Ártico. ?Com características de furacão, o Catarina só não foi assim definido porque se formou no centro de um ciclone extratropical?, explica. O chamado furacão, que ganhou destaque no mundo pelos estragos que fez, se formou pelo choque entre ventos frios do sul com as águas quentes do oceano.
Mais um
O cientista não descartou a possibilidade de outro fenômeno semelhante ao Catarina voltar a assustar os brasileiros.
