Os trabalhos de buscas em Brumadinho onde uma barragem da empresa de mineração Vale se rompeu chegou ao 13º dia nesta quarta-feira, 6, com dificuldade em razão da chuva que atinge a região. Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 400 homens atuam no local. Além do efetivo, as equipes contam com o auxílio de 25 máquinas pesadas.
O balanço mais recente da Defesa Civil do Estado aponta 150 mortos na tragédia, sendo que 134 já foram identificados. Ainda não foram localizadas 182 pessoas – entre funcionários da Vale, terceirizados que prestavam serviços à mineradora e membros da comunidade.
O tenente informa ainda que será preciso reavaliar a dinâmica da operação. A equipe vai se reunir nesta quinta-feira, 7, com o comandante-geral da operação para avaliar se é necessário criar uma nova “modelagem de buscas”.
Há previsão de chuva nos próximos ias. “Fazemos o acompanhamento em tempo real. A chuva demanda modificações nas áreas de buscas. A chuva prejudica a operação. Não é possível decolar e nem pousar. Deixa a lama em condições difícil de manuseio, além do próprio deslocamento dos militares, que deve ser feito em segurança. Dependendo do local, vamos demorar o dobro do tempo ou mais para chegar em algum local”, destacou o porta-voz.
“Foi necessário fazer uma escavação profunda, com utilização de maquinário pesado, como retroescavadeiras para retirar corpos da lama em camadas mais profundas”, finalizou Aihara.