Ruas alagadas e pedestres e carros ilhados. O temporal provocou transtornos em Belo Horizonte, deixando lojas inundadas e expondo a população a riscos de doenças. |
Rio – Pelo menos 28 pessoas já morreram em decorrência das chuvas que atingem os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Sergipe. Em Minas Gerais, onde não chove desde a noite desta sexta-feira, o número de desalojados continua alto, são 8.021, segundo a Defesa Civil. Em todo o Estado mineiro, as chuvas – que começaram no mês de dezembro – atingiram gravemente 45 municípios. Quatorze mortes foram registradas e mais 1.325 pessoas estão desabrigadas, além dos estragos e destruição em pontes, casas e rodovias.
No Rio de Janeiro, onde choveu durante três dias, onze pessoas morreram. O número de desalojados (que estão abrigados nas casas de parentes ou amigos) no Estado do Rio é de 1.439 pessoas. Já o de desabrigados (levados para abrigos públicos) chega a 470, segundo dados da Defesa Civil.
No sertão de Pernambuco, o aposentado José Lino de Macedo, 74, morreu ao tentar atravessar um rio em Cachoeirinha (194 km de Recife), quando foi arrastado pela correnteza, segundo a Defesa Civil. Em Sergipe, a Defesa Civil localizou na manhã de sexta-feira os corpos do pedreiro Rovandro de Melo, 27, e do adolescente Jeferson Santos Silva, 15, que morreram afogados na quarta-feira. Silva morreu quando tentava atravessar o rio Poxim, que corta a zona sul de Aracaju. Já Melo caiu em um canal quando caminhava em uma ponte.
Na Bahia, não houve registro de mortos. Entretanto, a capital Salvador foi atingida por uma forte chuva durante a noite de quinta-feira e no início da manhã da sexta-feira. A Defesa Civil registrou alagamentos em vários pontos da capital baiana.
No Rio de Janeiro, o governador em exercício, Luiz Paulo Conde, contou que o estrago causado pelas chuvas foi muito grande. “O dano material a gente conserta. Pena que a vida humana se perde” disse. Amanhã, Conde tem um encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, em Brasília. Ele vai cobrar os R$ 12 milhões prometidos pelo governo federal em dezembro do ano passado. Na ocasião, após um temporal que fez nove vítimas no Estado, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, garantiu o repasse da verba, que seria usada na dragagem de rios da Baixada Fluminense.