Tragédia das águas

Chuva que devastou Rio só ocorre a cada 350 anos

A presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), Marilene Ramos, disse ontem que dados de estações pluviométricas do órgão indicam que chuvas com a intensidade da semana passada têm probabilidade de ocorrer “a cada 350 anos”. Segundo ela, o temporal na região serrana foi totalmente atípico e resultados de estações do Inea contrariam dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume foi maior que o divulgado, afirmou Marilene. A direção do Inmet não foi localizada para comentar.

Segundo o Inea, os dados do Inmet relativos a Teresópolis – que indicaram precipitação de 124,6 mm num período de 24 horas (a partir de zero hora do dia 11) – foram baseados na estação localizada em área distante do núcleo de maior intensidade de chuva no município. Em Nova Friburgo, onde o Inmet registrou 182,8 mm, o resultado está mais próximo dos dados coletados pelo Inea.

“Se avaliarmos o volume de precipitação no período de 24 horas a partir de 20 horas do dia 11, nossas estações situadas no núcleo da chuva apontam 249 mm e 297 mm”, declarou Marilene. “Não temos condições de afirmar que foram as mais fortes chuvas já registradas na serra. Mas, com certeza, pelas características dos deslizamentos e escorregamentos, podemos afirmar que esses níveis de precipitação foram os verificados nas regiões atingidas de Teresópolis, Nova Friburgo e no Vale do Cuiabá, em Petrópolis”.

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