O prefeito do município paulista de São José do Rio Preto, Valdomiro Lopes, decretou ontem estado de calamidade pública em razão dos sérios danos humanos, materiais, ambientais, sociais e econômicos causados pela chuva que atingiu a cidade da madrugada de ontem. De acordo com a Defesa Civil, foi a maior chuva dos últimos 20 anos – foram 132 milímetros por metro cúbico no período das 3h40 às 5h10, o que provocou prejuízos que devem ultrapassar os R$ 40 milhões. Duas pessoas morreram durante o temporal.

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Segundo a prefeitura, cerca de 600 homens trabalham para recuperar os estragos na cidade, a maioria para comerciantes que possuem estabelecimentos nos locais mais afetados, que foram as principais avenidas da cidade: Bady Bassitt, Alberto Andaló, José Munia, Philadelpho Gouveia Neto, Murchid Homsi e Juscelino Kubitschek.

Esses comerciantes poderão contar com a ajuda da prefeitura para recuperação das lojas. O prefeito e o superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF), Everaldo Coelho, anunciaram que será oferecida uma linha de crédito especial para que possam recuperar seus danos. Apesar dos danos, não há registro de desabrigados ou desalojados.

A cidade já havia decretado ontem situação de emergência – reconhecimento de situação anormal, provocada por desastres, causando danos superáveis pela comunidade afetada. Já a situação de calamidade pública admite sérios danos à comunidade, inclusive à vida de seus habitantes.

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Dengue

Além dos prejuízos causados pelas chuvas, São José do Rio Preto enfrenta uma epidemia de dengue. A Secretaria de Saúde da cidade confirmou 452 casos positivos só este ano. Todos são de pessoas que tiveram os primeiros sintomas da doença na primeira quinzena de janeiro.

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Segundo a prefeitura, já começaram a ser realizados os bloqueios mecânicos (busca ativa de criadouros em imóveis) e químicos (aplicação de inseticida para eliminação do mosquito Aedes aegypti adulto). Os dados são provisórios e podem sofrer alterações.