Depois de quase três horas de reunião, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia e os líderes partidários decidiram votar hoje a questão mais polêmica da reforma política: a votação por sistema de lista. O relator do projeto, deputado Ronaldo Caiado, não abriu mão de sua posição e vai insistir em votar a lista fechada, na qual o eleitor passará a votar na legenda e não mais no candidato. Mas o PT, PMDB, DEM e o PCdoB estudam a apresentação de uma proposta alternativa que flexibiliza a lista. Líderes que participaram da reunião avaliam que se a proposta de lista fechada for à votação será derrotada.
Caiado argumentou que a lista fechada foi um ponto consensual em todos os debates feitos pela comissão especial que elaborou a proposta. "É uma piada se não fosse burrice flexibilizar a lista. A lista flexível vai permitir a continuação da disputa interna e o caixa 2, porque os deputados que estiverem em posição favorável na lista vão fazer campanha para continuarem nessa posição", disse Caiado. A sessão da Câmara está marcada para hoje à tarde. Antes, porem, há dois projetos de lei que estão bloqueando a pauta e precisam ser votados. Um deles trata do fundo de financiamento do estudante de ensino superior, o Fies. O outro projeto permite que professores de educação básica tenham bolsas da Capes.