Chinaglia diz que vai dialogar com a oposição

Brasília (AE) – O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à presidência da Câmara, afirmou ontem que a tarefa é buscar o maior apoio possível à sua candidatura nos partidos da base, e que também vai dialogar com a oposição. ?A campanha é mais do que do PT. Estamos construindo uma candidatura da Casa?, afirmou Chinaglia, depois de se reunir com cerca de 30 deputados petistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido que a base aliada tenha um único candidato na disputa pela presidência da Câmara. Além de Chinaglia, concorre também o atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

?Tudo o que eu responder sobre isso (candidatura única à Câmara) pode parecer arrogância ou que estou desistindo. Por isso não vou responder nada. Posso dizer que estou em campanha e satisfeito com os resultados?, disse Chinaglia, em entrevista após a reunião com os deputados petistas.

Candidatos computam novos apoios

Brasília (AE) – A um mês da eleição para a presidência da Câmara, os dois candidatos na disputa – o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) – computam seus votos e apoios. Com a maior bancada eleita, 89 deputados, o PMDB é alvo de disputa entre os dois adversários. Enquanto o petista considera que ampliou seus votos na bancada do PMDB, Aldo conseguiu o apoio dos governadores do Paraná, Roberto Requião, e de Santa Catarina, o peemedebista Luiz Henrique.

Nos últimos dias, Aldo tem ampliado os telefonemas aos governadores em busca de apoio. Os governadores têm influência sobre os deputados de seus estados, o que pode significar votos ao presidente da Câmara. Aliados de Aldo também contabilizam o apoio dos governadores empossados na segunda-feira, como José Serra (PSDB-SP), Cid Gomes (PSB-CE), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Eduardo Campos (PSB-PE) e os que foram reeleitos – Eduardo Braga (PMDB-AM), Waldez Góes (PDT-AP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Aécio Neves (PSDB-MG). Coordenadores da campanha de Aldo também estão considerando o apoio do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), com quem o presidente da Câmara já conversou.

Por outro lado, aliados de Chinaglia afirmam que já têm 80% da bancada do PMDB. Eles comemoraram a nota pública da semana passada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos telefonemas do próprio Calheiros e do senador José Sarney (PMDB-AP) ao petista. Em telefonemas separados, os dois afirmaram a Chinaglia que ficarão distantes da disputa na Câmara, que não estão fazendo campanha para Aldo, além de não fazerem objeções ao nome do petista para presidir a Câmara. O comando da campanha de Chinaglia interpretou que os dois senadores abandonaram o comunista.

O presidente da Câmara, no entanto, avaliou a interlocutores que Calheiros e Sarney apenas atenderam a pressões partidárias e que o quadro na bancada peemedebista não sofreu alterações. Aliados de Aldo também computam votos nas bancadas em que Chinaglia tem maior número de apoiadores, como o PTB, o PL e o PP.

 

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