Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta quinta-feira (8) que ainda não foi procurado pelo presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), para tratar da extinção da verba indenizatória dos parlamentares, de R$ 15 mil mensais. O dinheiro é pago aos senadores e deputados para custear despesas no estado de origem e viagens.
Chinaglia disse que o debate sobre a extinção da verba indenizatória não está "no horizonte". "Não falamos a respeito. Isto não está na pauta da Câmara", afirmou.
Ontem (7), Tião Viana disse que a Mesa Diretora do Senado decidiu iniciar o debate sobre a divulgação dos gastos realizados com este auxílio e, também, sobre a extinção do mesmo. Afirmou também que iria procurar Chinaglia para que as duas Casas discutissem a questão.
Questionados sobre o assunto, líderes partidários na Câmara dos Deputados se mostraram favoráveis à manutenção da verba indenizatória. O vice-líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que é contrário à extinção da verba indenizatória.
"Nós temos duas questões totalmente separadas. O subsídio de um parlamentar é o salário que ele recebe pelo seu trabalho. A verba indenizatória é usada para arcar com despesas do exercício do mandato", argumentou.
O líder do DEM, Onyz Lorenzoni (RS), defendeu a verba indenizatória porque considera importante para ajudar no trabalho que os deputados fazem nos seus estados.
"Num país que é uma federação, não há como um parlamentar fazer política no estado se não houver estrutura", disse.