Passados 20 anos de seu assassinato, o líder ambientalista Chico Mendes – que ficou mundialmente conhecido em 1986, com o prêmio Global 500 da Organização das Nações Unidas (ONU) – é o mais novo anistiado político brasileiro. O pedido em nome do líder dos seringueiros do Acre, considerado um dos maiores defensores da floresta amazônica, foi aprovado anteontem, por unanimidade, pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
A viúva do ambientalista, Ilzamar Mendes, e os filhos Sandino e Elenira – homenagem a uma guerrilheira do Araguaia – receberão indenização retroativa de R$ 337 mil e R$ 3 mil mensais. O líder seringueiro foi morto a tiros em dezembro de 1988, em sua casa, em Xapuri (AC), a 180 quilômetros de Rio Branco. Os fazendeiros Darly Alves da Silva e seu filho Darcy foram apontados como autores do assassinato e condenados a 19 anos de prisão, mas estão livres.