Chefes do tráfico do Rio são transferidos para RO

Sob um esquema rígido de segurança, que reuniu policiais rodoviários federais, agentes penitenciários e policiais federais do Rio de Janeiro e Paraná, 13 presos deixaram a Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, e foram encaminhados para a unidade federal de Porto Velho (RO). Entre eles estão Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, Jorge Edson Firmino de Jesus, o My Thor, e o Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado de matar o jornalista Tim Lopes, em 2002.

Marcinho VP e My Thor estavam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) desde meados de outubro, quando a mulher de um preso foi detida com cartas para ambos, em que integrantes de facções criminosas do Rio pediam autorização para agir contra as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A mulher foi presa e as cartas foram interceptadas, mas as autoridades não descartam a possibilidade de que as ordens para a violência no Rio desde o fim de semana partiram de Catanduvas.

Os presos percorreram os cerca de 60 quilômetros que separam Catanduvas do aeroporto de Cascavel em dois veículos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). As últimas revistas pessoais em cada um foram feitas no banheiro do aeroporto, que teve as portas fechadas por questões de segurança. Eles embarcaram no mesmo avião da Polícia Federal (PF) que, durante a madrugada, levou dez presos do Rio para Catanduvas.

De acordo com o diretor do presídio paranaense, Fabiano Bordignon, há uma prática de rodízio de presos entre as penitenciárias federais, de forma que não fiquem mais de dois ou três anos em cada uma. Segundo ele, “não existe isolamento 100%” nas penitenciárias, em razão das possibilidades de visita. Mas, mesmo assim, acentuou que o sistema “funciona, e funciona muito bem”.

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