Oito meses depois do pior incêndio da sua história, que destruiu cerca de 30% de sua área, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, um dos maiores símbolos do Cerrado, dá sinais de recuperação e se prepara para lançar novos atrativos, ao mesmo tempo em que passa pela concessão de serviços a fim de incentivar o turismo.

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Com suspeita de ter origem criminosa – apenas alguns meses depois de o parque ter passado por uma ampliação que triplicou a área -, o fogo acabou atraindo o apoio da sociedade. “O parque saiu fortalecido na sua relação com a sociedade. Recebemos um apoio muito grande durante o incêndio e isso continuou depois, inclusive com apoio financeiro que estamos usando até hoje”, conta Fernando Tatagiba, diretor do local, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Esse apoio já se transformou em maior segurança. A equipe fixa de 36 brigadistas foi contratada em um regime de dois anos, renovável por mais um. E mais de cem pessoas das comunidades do entorno vêm passando por uma formação para atuarem na prevenção e no combate ao fogo. “É gente, que, ao receber o certificado do ICMBio de brigadista voluntário, poderá atuar na proteção do parque”, diz. “Hoje contamos com mais gente preparada e da região.”

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Recuperação

A vegetação começa a dar sinais de recuperação. “A regeneração ocorre de maneiras diferentes. Nas fisionomias mais abertas, nos campos nativos do Cerrado, que são a paisagem predominante aqui, para um olhar leigo quase não se percebe a passagem do fogo. Está exuberante”, diz. “Mas quando levamos o olhar para a beira dos rios, onde ficam as vegetações mais florestais – como as matas de galeria -, e para as veredas, ainda observamos a vegetação sofrendo.”

O parque retomou a visitação normal e espera ampliá-la com a concessão. A ideia é oferecer para a iniciativa privada os serviços de venda de ingresso, loja de suvenires, lanchonete, quiosque de alimentação, área de camping e transporte interno.

Em julho, será aberta a área conhecida como carrossel, com cachoeira, parede de escalada, mirante e trilha suspensa. “E contará com uma interpretação geológica. Ali há rochas com 1,5 bilhão de anos que apresentam marca de ondinhas onde antes chegava o mar”, conta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.