Chance de encontrar sobreviventes é quase nula

Milton Mansilha/Agência LUZ/ABr
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Bombeiros tiveram muito trabalho no local do acidente.

São Paulo – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), visitou o local do acidente do avião da TAM, que derrapou na pista em Congonhas, bateu em um terminal de cargas e pegou fogo com 170 passageiros e seis tripulantes. Em entrevista à imprensa, Serra disse que a chance de encontrar algum sobrevivente entre os passageiros "infelizmente é quase nula". As equipes de resgate relataram ao governador que a temperatura nos destroços do avião ultrapassou mil graus e os corpos provavelmente estão carbonizados.

Serra ainda confirmou que há vítimas entre funcionários do terminal de cargas da TAM e pessoas que possivelmente passavam pelo local. Doze corpos já foram resgatados do local do acidente, segundo o governador, e devem ser de pessoas que não estavam no Airbus 320. Após a explosão do avião no terminal de cargas, uma alta cortina de fumaça se formou. Equipes de resgate, jornalistas e curiosos foram orientados a usar máscaras para evitar intoxicação.

"Trabalho [de resgate] é delicado, e também há risco de ocorrer mais algum desabamento. Os bombeiros estão trabalhando muito. São 230 bombeiros e 70 viaturas para esse trabalho de assistência, tem o pessoal do IML e da perícia", relatou o governador de São Paulo.

O Airbus 320, que transportava cerca de 170 passageiros e tripulantes, decolou de Porto Alegre às 17h16, com destino a Congonhas, sem escalas. Havia previsão de pousar às 18h50.

A TAM oferece uma linha telefônica gratuita para familiares dos passageiros e tripulantes: 0800 117900. A linha faz parte do Programa de Assistência às Vítimas e Familiares da empresa.

Sobre a identificação dos passageiros, a companhia aérea afirmou que está trabalhando com o máximo de agilidade e cuidado. "À medida em que os nomes forem confirmados, notificaremos as famílias antes que qualquer informação se torne pública, como determina a legislação vigente", afirma nota oficial da TAM.

A pista em que ocorreu o acidente ainda estava em reformas durante a madrugada. A pista havia sido liberada em 29 de junho, pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Segundo nota da estatal, à época, a pista foi liberada porque a primeira fase da reforma estava concluída. A segunda parte, que estava sendo feita durante a madrugada, incluía a ranhura da pista, para melhorar o escoamento de água e aumentar a aderência dos pneus dos aviões, em dias de chuva.

A Infraero explicou, à época, que a complementação não pôde ser feita na primeira fase, porque são áreas que estavam em operação no dia-a-dia de funcionamento do aeroporto.

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