Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou irregularidades em obras de duplicação do Sistema Adutor do Rio São Francisco, tocadas pela Construtora Gautama, em Sergipe. De acordo com os fiscais da CGU, os contratos firmados entre a empreiteira e a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) levaram ao prejuízo total de R$ 78,4 milhões em valores da época e de R$ 178,7 milhões em valores atualizados.
Após sucessivos aditamentos, a obra teve custo total de R$ 272,8 milhões e foi executada entre os anos de 1997 e 2006 com recursos do Ministério da Integração Nacional, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), DP Ministério do Meio Ambiente e do Governo de Sergipe. A CGU investiga, ao todo, 23 convênios para a construção de obras pela Empresa Gautama.
Em julho do ano passado, a Controladoria declarou a empreiteira inidônea, decisão confirmada no mês passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que impede a empresa de contratar com a administração pública. A CGU baseou parte de suas conclusões nas escutas telefônicas da Polícia Federal (PF) na Operação Navalha, que desbaratou o esquema de corrupção.