As primeiras informações da auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) são de que a ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro não agiu de má-fé ao usar o cartão corporativo numa compra de R$ 461,16 num free shop e ao gastar R$ 175,4 mil em aluguéis de veículos entre agosto de 2006 e dezembro de 2007. As explicações dadas pela ministra à CGU estão em fase final de avaliação, mas, a princípio, foram consideradas satisfatórias.
Sobre a compra no free shop, Matilde teria justificado que confundiu o cartão do Banco do Brasil do ministério com seu cartão pessoal da Caixa Econômica Federal, ambos da mesma cor. No caso do aluguel de carro, a explicação foi que a secretaria tentava fazer a licitação, mas não teria conseguido fechar um contrato. Os gastos de Matilde com aluguel de carros eram sistemáticos e, em geral, na mesma empresa. Quando estourou o escândalo, seu cartão acumulava despesas totais de R$ 171,5 mil.
Ao contrário da CGU, o Ministério Público pretende investigar a compra no free shop. Os procuradores querem saber por que Matilde fez a compra em outubro, mas só devolveu o dinheiro em janeiro. Preocupados com o desgaste no caso, a Casa Civil e o Gabinete Pessoal da Presidência convocaram reunião com secretários-executivos dos ministérios. O objetivo foi pedir mais atenção dos usuários dos cartões, principalmente a partir de amanhã, quando entra em vigor novo decreto restringindo o uso do instrumento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo