A Controladoria Geral do Município de São Paulo (CGM) pediu a exoneração da jornalista Patrícia de Morais Vieira depois de receber denúncias de que ela nunca foi ao trabalho. Patrícia foi nomeada no dia 24 de setembro deste ano para o cargo de assistente técnica II, com remuneração de R$ 3 mil, para exercer funções de assessora de imprensa na Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), pasta sob o comando de Ítalo Miranda Júnior, indicado ao cargo pelo PMDB municipal.

continua após a publicidade

A CGM solicitou ainda instauração de um procedimento administrativo para requerer que os valores pagos à jornalista sejam devolvidos.

À reportagem, Patrícia negou que tenha se ausentado e disse que seu trabalho na pasta era fora do prédio da secretaria, produzindo vídeos sobre segurança que futuramente serão divulgados em um canal no YouTube. Ela afirmou ainda que começou o trabalho só na última semana e que não está sabendo de nenhuma investigação.

A Prefeitura esclareceu, no entanto, que todos os funcionários devem assinar lista de presença e, caso façam algum tipo de trabalho externo, a atuação diferenciada deve constar em uma justificativa formal.

continua após a publicidade

A apuração teve início depois de alguns funcionários da secretaria, frustrados com a situação, terem feitos denúncias à CGM. A reportagem teve acesso a uma imagem da lista de presença do setor em que Patrícia trabalhava, sem as assinaturas. A Controladoria recebeu ao menos três reclamações formais sobre o caso.

Perfil

continua após a publicidade

De acordo com seu site pessoal, Patrícia atua como apresentadora de TV, jornalista e cantora. Na página, são compartilhados vídeos de suas entrevistas, uma delas com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que também aparece em uma foto em seu página pessoal no Facebook.

Prefeitura de São Paulo

A Controladoria Geral do Município (CGM) orientou o secretário municipal de Segurança Urbana, Ítalo Miranda Junior, a pedir a demissão da servidora Patrícia de Morais Vieira por ausência ao trabalho. A CGM solicitou ainda a instauração de procedimento administrativo para apurar eventuais valores pagos e requerer sua devolução.