Rio
– Assim como na média da América Latina, o Brasil teve um bom desempenho na diminuição da pobreza ao longo da década de 90, mas não foi bem em 2001. O porcentual de pobres que havia diminuído um ponto entre 1999 e 2000, voltou a crescer em 2001, segundo dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas. A população pobre brasileira era de 37,5% do total em 1999, caiu para 36,5% no ano seguinte e chegou a 36,9% em 2001.Os indigentes eram 12,9%, caíram para 12,3% e passaram a a 13%. “Na década de 90, a América Latina conseguiu redução considerával da pobreza, mas 2001 e 2002 não foram bons”, diz o professor chileno Pedro Sáinz, que esteve no Rio esta semana para participar do seminário internacional sobre medição de pobreza, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1990, a América Latina tinha 48,3% da população na pobreza e 22,5% na indigência. Em 2000, o porcentual de pobres chegou a 42,1% e de indigentes a 17,8%. No ano passado, os índices cresceram para 43% e 18,6%. A Cepal não divulgou nos números do Brasil relativos ao início da década.
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