O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), terá de negociar ajustes no Orçamento municipal de 2017 com Atílio Francisco (PRB), vereador nomeado relator na quarta-feira, 19, do projeto em trâmite na Câmara Municipal. A indicação de Bispo Atílio, aliado do deputado federal Celso Russomanno (PRB) – terceiro colocado na disputa pela Prefeitura neste ano -, foi feita pelo presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Jonas Camisa Nova (DEM), que tem a prerrogativa da escolha, já que o regimento não prevê votação neste caso.

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A decisão, no entanto, foi tomada pelo vereador Milton Leite (DEM), que controla a bancada democrata e é candidato à Presidência da Câmara a partir do ano que vem. Além dos quatro votos do partido, Leite tem o apoio dos quatro eleitos pelo PR e, agora, possivelmente dos quatro do PRB. A nomeação de Bispo Atílio faz parte da estratégia do parlamentar de reunir os 28 votos necessários para pressionar Doria a não interferir no processo legislativo. Mario Covas Neto, Gilson Barreto, Aurélio Nomura e Patrícia Bezerra, todos do PSDB, também já declararam interesse no cargo.

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Leite tem dito a aliados que terá os votos necessários no dia 1.º de janeiro, data da votação, caso Doria não defenda uma candidatura tucana. O parlamentar diz contar ainda com representantes de PROS, PTB, PV, PSD e do PT para garantir o que pode ser a volta do “centrão” após seis anos fora do poder. Durante toda a gestão Fernando Haddad (PT), o partido do prefeito conseguiu fazer valer a tese da proporcionalidade na Casa, na qual a legenda com a maior bancada ganha o “direito” de indicar o presidente. De volta ao poder em 2017, o PSDB busca agora a mesma garantia.

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Proporcional

Para Mario Covas Neto, setores da Casa podem estar, sim, articulando a volta do centrão. “Eu defendo o critério da proporcionalidade, que funcionou ao longo da atual gestão. Aí, pode ser qualquer nome do PSDB. Vamos nos entender a respeito disso”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.