O chefe do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, avaliou nesta quinta-feira (19) que a pista principal do aeroporto de Congonhas deveria permanecer fechada até a conclusão das perícias realizadas pela Aeronáutica e demais órgãos que investigam as causas do acidente com o A-320 da TAM. Essas perícias, segundo ele, permitiriam de dados importantes como as condições do asfalto e coeficiente de atrito.
"Eu diria que o mais prudente seria que ela fosse mantida (fechada) por mais uma período", afirmou, em entrevista coletiva. Em seguida, no entanto, o brigadeiro parece ter reconsiderado suas afirmações e ressaltou que o mais prudente seria liberar as operações de pousos e decolagens nos momentos em que a pista estivesse seca ou apenas úmida, mantendo interdição em situações de chuva para a avaliação de formação de lâminas de água que poderiam facilitar a ocorrência de aquaplanagem.
De qualquer forma, Kersul destacou que o Cenipa pode apenas recomendar providências, mas não tem prerrogativas para obrigar que elas sejam adotadas pelos agentes da aviação civil. A decisão sobre a abertura e fechamento das pistas dos aeroportos é de responsabilidade da (Anac). Embora a Infraero insista que a pista principal de Congonhas tem boas condições de uso, inclusive sob chuva, o Ministério Público ingressou com ação civil publica pedindo o fechamento não só da pista principal, mas também da pista auxiliar de Congonhas até que as investigações sejam concluídas.
Ontem, a Infraero informou que a pista deve ser reaberta amanhã, desde que esteja seca ou apenas úmida, permanecendo fechada em dias de chuva.