Brasília (AE) – Enquanto o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, recolhe-se para pensar se está disposto ou não a se manter à frente do comando da pasta, apesar das pressões para mudanças na política econômica, vários cenários são analisados nos bastidores. Confira quais são eles:

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Cenário 1 – Palocci fica e se defende de denúncias

Esse cenário considera que Lula não abrirá mão de Palocci porque está convencido de que a política econômica trará benefícios ao País no médio e longo prazo. A inflação é mantida sob controle e poderá desenvolver sua campanha de reeleição, se assim entender, baseado na estabilidade econômica. Aqui, Lula é colocado como um conservador, no sentido de que não estaria disposto a correr riscos ou ter que fazer mágicas para garantir o controle da inflação.

Cenário 2 – Palocci não fica

O ministro Palocci encontra-se com Lula amanhã para dizer que a decisão pessoal e irrevogável é deixar o governo. Sairia porque, apesar de poder se defender das denúncias de Buratti e Poleto, não considera que tenha de passar por situações de constrangimento, colocando a vida familiar exposta à mídia. Nesse cenário, o ministro jogaria nas mãos de Lula a decisão de manter ou não a atual política econômica, representada no firme controle dos gastos públicos, sem válvulas de escape para atender às pressões por mais gastos.

Cenário 3 – Palocci sai; Murilo Portugal assume

Nesse cenário, que melhor atende ao mercado financeiro, o sucessor natural de Palocci seria seu secretário-executivo, Murilo Portugal. A política não sofreria qualquer inflexão. Essa opção, no entanto, não significa um quadro de tranqüilidade para Lula. Os que são contra essa alternativa lembram que Portugal não tem identidade ideológica e sequer amizade com o presidente e tampouco diálogo junto ao PT. Seria um estranho no ninho exposto às pressões, principalmente da ministra Dilma.

Cenário 4 – Palocci e Murilo Portugal deixam o ministério

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Trata-se de um cenário que vem crescendo no partido. A melhor opção nesse caso é a indicação do senador Aloizio Mercadante para o Ministério da Fazenda. Aqui, Mercadante teria de "ir para o sacrifício" e abandonar o sonho de governar São Paulo. Os que defendem essa alternativa apostam que ele irá ser convencido, porque no partido não há nenhum outro nome que possa fazer a necessária inflexão na política econômica. As teses do senador são conhecidas: ele defende uma meta de inflação menos ambiciosa e uma redução gradativa das taxas de juros.

Cenário 5 – Palocci sai; Paulo Bernardo assume

Esta hipótese é considerada frágil pelas próprias dificuldades do ministro do Planejamento e Gestão, Paulo Bernardo. Embora existam os defensores da transferência do ministro para a Fazenda. Bernardo já mandou avisar que esta alternativa "não existe". 

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