O cenário de desempenho econômico da América Latina está ruim, acompanhando uma tendência mundial. É o que mostra a Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Universidade de Munique), ou Instituto IFO, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo as duas instituições, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina, elaborado em parceria entre o Instituto alemão IFO e a FGV, recuou para 4,9 pontos em abril deste ano, abaixo do resultado anterior da mesma pesquisa, trimestral, referente a janeiro (5,2 pontos).

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Em comunicado, as instituições esclarecem que "o ICE de abril ficou abaixo da média histórica dos últimos dez anos (5,1 pontos). Ademais, desde o segundo trimestre de 2003 é a primeira vez que o índice fica abaixo de 5 pontos, o que indica que a avaliação do desempenho econômico é considerada ruim".

O ICE é construído como uma combinação de dois índices que medem a situação econômica atual e as expectativas para os próximos seis meses. O Índice da Situação Atual (ISA) atingiu patamar de 5,8 pontos em abril, ante 6,3 pontos em janeiro. O Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável: passou de 4,1 pontos para 4 pontos, de janeiro para abril.

Na avaliação das duas organizações, a piora do ICE da América Latina acompanha tendência mundial. De acordo com cálculos das duas entidades, o ICE do mundo passou de 5,1 para 4,6 pontos entre janeiro e abril. "O IE do mundo, assim como na América Latina, cai menos que o ISA entre esses dois períodos. O IE (do mundo) recua de 4,1 para 3,8 pontos e o ISA de 6,0 para 5,3 pontos. No entanto, os resultados mostram que a piora nas expectativas mundiais é mais acentuada que na América Latina", esclareceram as entidades, no informe.

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A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia – simultaneamente – em todos os países da região. Em abril, foram consultados 133 especialistas em 16 países.