Celulares desativados em áreas de presídios

São Paulo (AE) – A Anatel e as empresas Claro, Embratel, Nextel, Telefônica, Tim e Vivo bloquearam, a partir das 14h de ontem, o sinal dos celulares nas regiões das unidades prisionais de Avaré, Presidente Venceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha, todas em São Paulo. Agência e as empresas dizem que a ação é excepcional e temporária, com duração de 20 dias. A idéia é gerar o menor impacto possível na população das áreas abrangidas pela decisão judicial que obriga a medida.

A decisão cumpre a determinação da Justiça e servirá de teste para as regras que estão sendo preparadas pelo governo para proibir a comunicação de detentos com facções criminosas fora das penitenciárias, via celular, rádio e telefone sem fio. As companhias telefônicas não descartam problemas para a população e também não garantem que o sinal dos celulares nos presídios será 100% bloqueado.

Os presos das penitencárias de São Paulo têm em seu poder cerca de 1.200 telefones celulares. A revelação foi feita pelo delegado Ruy Ferraz Fontes, da Polícia Civil de São Paulo e que acompanha a ação da maior facção criminosa do Estado desde o início de 2000, em outro depoimento que prestou à CPI do Tráfico de Armas, em 2005. Ruy afirma ainda que seriam necessários três homens para vigiar e rastrear as ligações de cada um desses telefones.

O delegado conta ainda ser impossível interceptar as ligações. Disse o delegado: ?O nosso maior problema hoje são dois. Esses dois problemas são os que estão impedindo que a gente isole essas lideranças na cadeia. O primeiro deles, e o mais sério, chama-se comunicação, telefonia celular. Dentro das 27 maiores penitenciárias do estado de São Paulo, nós contamos com mais de 1.200 telefones celulares que estão espalhados. É simplesmente impossível interceptar o fluxo de comunicação que vaza por esses 1.200 celulares.?

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