As rebeliões nas unidades prisionais do Ceará já deixaram ao menos 14 detentos mortos, segundo informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado. As mortes aconteceram, segundo a pasta, durante conflitos entre os próprios presos. Na segunda-feira, 23, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, atendeu a pedido do governador Camilo Santana (PT) e autorizou envio de homens da Força Nacional para combater a crise.

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De acordo com Santana, foi montado um gabinete de crise, que está funcionando desde a manhã de sábado. O governador afirmou que acompanha pessoalmente todos os trabalhos desse grupo.

“Solicitei no domingo o apoio da Força Nacional de Segurança, no sentido de garantir a estabilidade nos presídios, especialmente durante a recuperação das instalações, que foram destruídas por conta das rebeliões”, disse o governador.

“Lamento profundamente o que vem acontecendo em nossas unidades prisionais e não medirei esforços, junto com nossas forças de segurança, para que haja a estabilidade do sistema penal o mais rápido possível. Minha determinação é para que todas as medidas necessárias para isso sejam tomadas”, acrescentou Santana.

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As rebeliões nas unidades começaram no sábado, quando parentes foram impedidos de visitar os presos por causa de uma greve dos agentes. Ainda no sábado, o governo estadual cedeu e resolveu ampliar de 60% para 100% a gratificação por serviço de risco, que será feita de forma escalonada até 2018. Os agentes aceitaram, mas a instabilidade nos presídios ainda continua.

Dentre os detentos mortos estão homens que respondiam por latrocínio, tráfico, furto, roubo, homicídio. Seis corpos ainda aguardavam identificação por especialistas da perícia forense.

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A Secretaria de Justiça informou ainda que uma operação de policiais e agentes penitenciários identificou ontem um túnel na unidade Agente Luciano Andrade Lima. Não há confirmação oficial de fugas. Nesta unidade estava Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, um dos líderes do furto de R$ 164 milhões do Banco Central, cometido há mais de 10 anos.

Desde o fim de semana, equipes da secretaria e do Departamento de Arquitetura e Engenharia estão avaliando os danos causados nas unidades prisionais. “Ainda hoje (ontem), iniciam os reparos em uma das unidades danificadas. Não houve interrupção no fornecimento de água nem comida. Assistentes sociais estão na entrada dos complexos oferecendo apoio aos familiares”, informou a pasta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.