Foto: Agência Câmara |
Alencar: partidos descuidados. |
Brasília (AE) – Provocou polêmica o levantamento revelando que 21 deputados, do total de 116 titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, estão sob investigação nos tribunais. Os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Fernando Gabeira (PV-RJ) defenderam que esses congressistas se afastem da comissão. Mas houve quem julgasse que não há problemas.
De acordo com o levatamento, 18,1% dos deputados nomeados para integrar a CCJ estão sob investigação ou são acusados em ações na Justiça sob suspeita de terem cometido algum tipo de crime ou irregularidade. ?Mais uma vez, os partidos são descuidados e pouco zelosos na indicação de seus integrantes para a principal comissão da Câmara?, disse Alencar. ?Os partidos deveriam indicar pessoas mais qualificadas, com um histórico de vida inquestionável. Mas a conveniência e os acertos políticos acabam maculando a CCJ.?
Gabeira afirmou que há diferenças na situação dos 21 deputados sob investigação. ?Há casos em que os processos são um pouco mais complicados. São pessoas que podem influenciar a CCJ no sentido de se proteger da Justiça?, avaliou. ?O ideal é que quem está sendo processado não participasse da CCJ. Seria bom se eles se afastassem da CCJ.? Gabeira defendeu a aprovação de proposta do Ministério Público que impede a candidatura a cargos públicos de pessoas que foram condenadas em primeira instância da Justiça.
Já o presidente da Associação de Magistrados do Brasil (AMB), Rodrigo Collaço, afirmou que não há conflito. Na avaliação dele, apenas os deputados já condenados pela Justiça devem deixar a CCJ.