Cassol: universidade faz contrabando

Porto Velho – O governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), de 45 anos, disse ontem que há “gente do governo federal” envolvida na extração ilegal de diamantes na reserva Roosevelt, onde vivem os índios cintas-largas. Em abril último, 29 garimpeiros foram assassinados no local em confronto com os índios. Cassol é citado pelo Ministério Público Federal como suspeito de envolvimento no caso, através de suposta ligação com o doleiro Marcos Glikas e com o negociante de pedras preciosas José Roberto Gonsales, apontados como contrabandistas de diamantes. Os dois já estiveram detidos na Polícia Federal.

“Só aceitei receber esses dois porque Gonsales é procurador da Universidade Federal de Viçosa”, disse Cassol, mostrando cópia de um convênio assinado entre caciques cintas-largas e a UFV, em Minas Gerais, para recuperar trechos onde houve extração de diamantes. “É estranho que o representante de uma universidade federal seja apontado como contrabandista, depois de ter sido enviado para uma área de garimpo ilegal para recuperá-la. E o investigado ainda sou eu. Minhas contas bancárias e registros de telefone estão à disposição do MPF”, disse Cassol.

O governador admite ser um dos ferrenhos adversários do PT. Para ele, essa é a razão de algumas acusações. “Glikas é apontado como contrabandista, mas foi solto depois que falou algumas coisas contra mim. Por que o soltaram? Está na cara que ele falou o que (os promotores do MPF) queriam ouvir”, detalhou.

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