O número de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais subiu para 152, com 47 mortes informadas. Dos registros realizados até o momento, 37 casos são considerados prováveis – os pacientes apresentaram sintomas da doença e um exame laboratorial positivo para o vírus. Dos óbitos informados, 22 têm como causa provável a infecção pela febre amarela.

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Por causa do surto, o governo de Minas declarou emergência em 152 cidades. Os casos suspeitos da doença, no entanto, ocorrem em um grupo menor de cidades. Até agora, 26 trazem registros de pacientes com infecção ou casos de mortes que podem estar relacionadas à febre amarela. Em 16 cidades foi identificada morte de macacos, provavelmente provocadas também por febre amarela.

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Veja a seguir perguntas e respostas sobre a febre amarela:

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1. Por que a doença está de volta?

Os primeiros sinais de que a febre amarela estava novamente ultrapassando a região amazônica começaram em 2014. Foi nesse período, de acordo com o Ministério da Saúde, que o País passou a ter uma “reemergência” da doença. Desde então, entre 2015 e 2016, foram confirmados 15 casos, com 10 mortes. As notificações foram feitas em Goiás, Pará, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará e São Paulo.

O vírus de febre amarela nunca deixou de circular no Brasil na forma silvestre. A cada ciclo de aproximadamente 7 anos, no entanto, há um aumento de casos em áreas que ultrapassam a região da Amazônia. O fenômeno está associado a mudanças na população suscetível.

A última onda de casos em humanos ocorreu em 2009, quando a doença atingiu o Rio Grande do Sul, Estado que por 42 anos estava livre da doença. Na ocasião, 13 casos foram confirmados, com seis mortes.

2. Como é transmitida?

Pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, o principal mosquito transmissor é o Haemagogus. O vírus também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no País desde 1942.

3. A febre amarela é transmitida de pessoa para pessoa?

Não.

4. Qual é o papel de primatas na transmissão?

Primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de hospedeiros. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito, aumentando, assim, as chances de propagação da doença.

5. Quais sintomas provocados pela febre amarela?

A febre amarela é classificada como uma doença infecciosa grave. Ela provoca calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Os primeiros sintomas aparecem entre 3 a 6 dias depois da infecção.

6. Qual é a evolução da doença?

Para maior parte dos pacientes, os sintomas vão perdendo a intensidade a partir do 3º ou 4º dia da infecção. Em alguns casos, no entanto, a doença entra em sua fase considerada tóxica.

7. O que ocorre nos casos graves?

Cerca de 10% dos pacientes desenvolvem a forma grave da doença. Ela geralmente ocorre depois de um período breve de melhora dos primeiros sintomas da doença. A febre reaparece, há hemorragias, insuficiência hepática, insuficiência renal. Um dos sintomas é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Também não é incomum pacientes apresentarem vômito com sangue, um sintoma da hemorragia. Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem a forma grave da doença morrem num período entre 10 e 14 dias.

8. Qual é o tratamento para a doença?

Não há um tratamento específico para febre amarela. A medida mais eficaz é a vacinação, para evitar a contaminação da doença.

9. Posso me vacinar a qualquer hora?

Sim, a imunização é oferecida na rede pública de saúde e pode ser procurada a qualquer momento do ano. Oito Estados estão fora da área com recomendação para vacinação: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro. Mesmo assim, é possível se vacinar nos postos de saúde desses Estados.

10. Quais são as reações possíveis à vacina?

Os efeitos colaterais graves são raros. Mas 5% da população pode desenvolver sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular de 5 a 10 dias. É infrequente a ocorrência de reações no local da aplicação.