O número de casos de dengue no Brasil caiu 52,3% em 2009 em relação ao ano passado, segundo avaliação do Ministério da Saúde. O balanço, com informações até o dia 24 de maio, revela que todas as regiões do País registraram queda. As reduções foram de 68,6% no Sudeste, 48,6% no Sul, 42,6% no Nordeste, 31,3% no Norte e 11,3% no Centro-Oeste. No entanto, sete Estados tiveram aumento no total de casos: Acre, Roraima, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Só a Bahia, por exemplo, até segunda-feira registrou 55 mortes em razão da dengue este ano.
No País, 266.285 pessoas contraíram dengue nos primeiros meses do ano, enquanto que, em 2008, o número de infectados chegou a quase 560 mil, no mesmo período. A tendência de queda foi acompanhada por 19 Estados e pelo Distrito Federal. Um dos destaques no novo boletim é a redução de 96,5% das notificações da doença no Rio de Janeiro. Em relação ao boletim preliminar do mês de maio, Minas Gerais saiu do grupo de Estados com aumento de notificações e já apresenta ligeira redução de casos.
Segundo o Ministério da Saúde, em Tocantins, Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul não houve registro de óbitos causados pela enfermidade. Além disso, em Roraima, Acre, Amazonas e Goiás, o índice de letalidade – que é a proporção entre número de casos graves da doença e as mortes – foi de aproximadamente 1%, o que se mantém dentro dos padrões aceitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Embora o dado nacional seja positivo, o ministério alerta para o fato de que as ações de controle e prevenção da dengue são permanentes e devem envolver governo federal, Estados e municípios, além da população e de entidades de classe. Segundo a pasta, o ovo do mosquito Aedes aegypti pode se manter em condições de eclodir e virar larva por um período de até 400 dias.