Caso Petrobras tem provas apagadas

O primeiro relatório parcial da perícia técnica da Polícia Federal sobre o contêiner de onde teriam sido furtados segredos estratégicos da Petrobras, enviado ao Instituto Nacional de Criminalística (INC), indica que o local do crime foi severamente violado. O atraso no início das investigações e o manuseio do contêiner por leigos depois do roubo apagaram provas e tornaram imprestáveis os vestígios que restaram.

O furto foi notado em 31 de janeiro, mas só começou a ser investigado vários dias depois, e a cena do crime ficou alterada. Não se sabe sequer, com segurança, se o equipamento roubado – quatro notebooks, dois discos rígidos e dois pentes de memória, que continham informações estratégicas da estatal – tinha sido de fato embarcados no contêiner da empresa responsável pelo transporte, a Halliburton. A carga saiu do Porto de Santos no dia 18 de janeiro.

No caso de o equipamento não ter sido embarcado, o suposto arrombamento do cadeado do contêiner e violação do seu conteúdo teriam sido uma farsa para despistar o sumiço do material. O governo trabalha com a hipótese de que a Petrobras tenha sido alvo de espionagem industrial, a serviço de interesses nacionais ou estrangeiros, ou ambos. Mas a PF não descarta a possibilidade de tratar-se de crime banal.

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