Rio – A polícia do Rio anunciou, ontem, desfecho surpreendente para o crime mais misterioso dos últimos meses: o assassinato dos norte-americanos Todd e Michelle Staheli, ocorrido em 30 de novembro do ano passado, foi cometido por Jociel Conceição dos Santos, de 20 anos, que trabalhava numa casa próxima à do casal. O rapaz, que é negro, confessou ter assassinado os dois, com pé-de-cabra, porque Todd o chamou de “crioulo”. Mas a polícia não acredita na versão.

Santos havia escondido o pé-de-cabra na casa onde trabalhava, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, junto com a roupa que ele usava no dia do crime, que foi lavada. Santos teria limpado o sangue que ficou no pé-de-cabra na própria casa. Ele disse que teria pulado o muro da mansão dos Staheli e entrado pela porta da cozinha, que fora deixada aberta. Santos teria conseguido fugir sem deixar pistas porque conhecia bem o lugar. Ele afirmou que um rapaz chamado Alex Carneiro, que já trabalhou para os Staheli, lhe descreveu a casa. Carneiro está sendo procurado.

O empregado foi preso ontem de madrugada, quando tentava pular o muro de outra residência do condomínio, de propriedade do cônsul da Grécia no Rio, a qual ele iria roubar. Santos foi levado para a delegacia da Barra, onde teria confessado o crime, segundo os policiais. A confissão teria sido gravada.

Vingança

Aos jornalistas, disse que Todd o xingou e, com isso, seus filhos passaram a debochar dele. “Não queria roubar nada. Fui para me vingar. Bati primeiro nele. Me arrependi no primeiro golpe. Eu ia sair, mas ela me viu. Bati nela e bati nele de novo”, relatou, friamente.

continua após a publicidade

continua após a publicidade