O casal Leanny Renones e Nilton Alves foi preso e autuado em flagrante sob suspeita de participar do sequestro de um amigo e mais duas pessoas, todos de São Paulo, no último fim de semana, no Rio. Antes do crime, os dois suspeitos afirmavam estar juntando dinheiro para deixar o País ainda neste ano, por medo da violência, segundo depoimento de uma das vítimas do crime, o empresário paulista Alexis Beghini de Carvalho. A farsa foi descoberta no 5ª DP (Lapa), onde os policiais constataram que um dos assaltantes – morto em tiroteio – era irmão de Leanny.

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Beghini foi ao Rio para encontrar o casal com seu pai, José Alexis Beghini de Carvalho, e sua namorada, Suelen Pontes Manchão. Os paulistas foram com Leanny e Alves a um bar na Freguesia, em Jacarepaguá, na zona oeste, onde jantaram normalmente. Após o jantar, por volta das 21h do último sábado, quando iam para seus carros, os dois casais e José Alexis foram abordados por dois criminosos armados. Eles obrigaram todos a entrar no veículo de Alexis, um Land Rover, e pegar a Linha Amarela, sentido zona norte.

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No Santo Cristo, no centro, policiais do Batalhão de Choque desconfiaram do veículo e o abordaram. Houve troca de tiros, e os dois criminosos foram baleados. Mais tarde, morreram. Na 5ª DP (Lapa), os agentes constataram que um dos assaltantes, Leonny, tinha o mesmo sobrenome e filiação que uma das suposta vítimas, Leanny – eram irmãos.

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Estranheza

O empresário disse ter achado estranho que Leanny chorasse ao saber da morte dos assaltantes. “Ela falou que não precisava ter matado”, disse Beghini. Outro fato estranho, segundo o empresário relatou, foi os assaltantes terem chamado Alves para fora do carro, para discutir como obter o resgate de R$ 300 mil. Os assaltantes também lhe diziam que sabiam o nome de sua empresa e onde moravam, o que também levantou suspeitas.

Alexis lembrou que, durante uma visita do casal a São Paulo, há cerca de dez dias, Alves perguntou-lhe se o seu relógio da marca Rolex era verdadeiro. Durante a abordagem de sábado, os assaltantes teriam mencionado que sabiam do adorno e exigido que o empresário o entregasse a eles. O irmão de Leanny também teria ido a São Paulo no mesmo período, mas não encontrou as vítimas. Possivelmente, levantava informações para o crime, segundo especula-se.

Leanny recorreu ao direito constitucional de permanecer calada e não quis prestar depoimento. Ela e Alves estão presos. As vítimas conseguiram recuperar o carro e os pertences. O Estado não conseguiu localizar advogados que defendam os acusados.