O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 31, que não “há divergências” entre ele a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sobre um polêmico projeto de lei que trata do atendimento às vítimas de violência sexual.

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Gleisi recebeu, semanas atrás, lideranças religiosas que pedem vetos ao projeto de lei – o trecho que mais encontrou resistência entre religiosos trata da obrigação dos hospitais de prestarem serviço de “profilaxia da gravidez” a vítimas de estupro, o que, na visão de entidades, abriria brechas para o aborto. A profilaxia da gravidez, para o Ministério da Saúde, trata do uso da pílula do dia seguinte.

Segundo informações veiculadas no jornal “O Globo”, Gleisi e Carvalho estão em “guerra” por conta do projeto; a ministra seria a favor da aprovação do projeto e Carvalho, por sua vez, defenderia vetos à proposta.

“Esse é um assunto de competência da presidenta, não há divergência entre os ministros. Estamos trabalhando com muito cuidado, sensibilidade, como sempre, ouvindo a sociedade, mas a competência e a decisão é da presidenta”, disse Carvalho, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.

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A presidente Dilma Rousseff deve decidir sobre a sanção integral ou parcial do projeto ainda nesta semana.