Carnaval 2012: Mancha fecha festa em ritmo do candomblé

Sob os primeiros raios de sol do sábado, às 6h50, sob a bênção do mensageiro do axé, a Mancha Verde emocionada fechou a primeira noite de desfiles do carnaval paulistano deste ano em cortejo real. A agremiação, que tem origem na tradicional torcida organizada do Palmeiras, desfila ao compasso de tambores com a história de Odú Obará, um dos príncipes do candomblé. Com o enredo “Pelas mãos do mensageiro do axé, a lição de Odú Obará: a humildade”, a escola de samba levará para a passarela paulista a história do jogo de búzios, representado por meio da divindade identificada com a humildade, paciência e simplicidade.

Além de Odú Obará, outros príncipes do candomblé terão espaço garantido no desfile da escola de samba, que apostará em cores fortes e vibrantes para driblar a luminosidade da manhã, que costuma limitar os efeitos visuais das fantasias e alegorias. O tema será conduzido na passarela do samba por 3,5 mil componentes, divididos em vinte e cinco alas e 5 alegorias. Entre os destaques do desfile da agremiação estão o ex-goleiro Marcos e o ex-atacante Edmundo, ambos ídolos dos palmeirenses. A Mancha Verde espera neste ano superar o carnaval do ano passado, quando ficou na quarta colocação no resultado final.

A escola de samba trará no carro abre-alas uma representação do cenário de caos do mundo. Na sequência, as alas irão homenagear os praticantes do jogo de búzios e os iniciados no candomblé. A terceira alegoria contará a lenda de Odú Obará que, por conta da simplicidade e da humildade, foi agraciado com prosperidade por um antigo mestre. O último carro alegórico, aquele que fechará a primeira noite de desfiles, trará a representação do mundo que imaginou Olorum, a divindade criadora do candomblé. A bateria da Mancha Verde terá a modelo Viviane Araújo à frente, como rainha.

O maior destaque da Mancha é o ídolo e ex-goleiro do Palmeiras, Marcos, que vai desfilar no quinto e último carro alegórico da escola, ao lado da esposa e da filha. Na chegada à concentração do sambódromo, ele foi muito assediado pela imprensa, por passistas da escola e, principalmente crianças que estão no mesmo carro em que vai desfilar.

O jogador disse não ver sua participação no desfile como uma homenagem à sua história no Palmeiras e sim como uma responsabilidade em representar a Mancha Verde. “Vou tentar fazer o melhor lá em cima”, afirmou. “Não vou sambar porque eu não sei. Mas também não vou tomar gols”, brincou.

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