Brasília – O ministro do Trabalho Carlos Lupi disse nesta terça-feira (19) que está sendo perseguido politicamente. No final do ano passado a Comissão de Ética Pública encaminho ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedido de demissão de Lupi do ministério, por responder também pela presidência do PDT.
Segundo a comissão, o acúmulo de funções gera conflitos éticos e de interesse. ?Acho que é perseguição política contra o meu partido e a minha pessoa. Sou resistente, sou cana de canavial. Nem facão nem queimada acabam com a minha raiz. Tenho raiz profunda?.
No domingo (17) o jornal O Globo informou que o governo pretendia analisar a conduta do ministro na assinatura de um contrato de cerca de R$ 15 milhões com o Instituto de Educação e Pesquisa Data Brasil, uma organização supostamente ligada ao PDT.
Ao comentar a reação de Lula, que teria se irritado e evitado falar sobre a recomendação para demiti-lo, Lupi se disse despreocupado.
?Eu sou ministro, tranquilo, feliz batendo recorde em todo os setores do ministério. Agora, tem muita gente que não gosta da gente. Muita gente importante. A eles eu desejo muita saúde, porque vou continuar ministro do Trabalho, trabalhando pelo Brasil?.
Segundo ele, as matérias publicadas são manipuladas e não são verdadeiras. ?Vamos ver se pelo menos me dão o direito de resposta. porque é isso o que eu quero?.
Sobre a discussão no Congresso de criação de uma CPI dos Cartões Corporativos, o ministro afirmou que será uma forma de ?comprovar que transparência é fundamental?. ?A cada dia que eu vejo uma matéria, uma nota, eu quero mais transparência. Acho que o processo democrático é isso: a gente conviver com as pessoas que às vezes até odeiam a gente?.