Rio – Depois de um dia estressante, em que nadou por seis horas no mar aberto para fugir dos bombeiros, a capivara fêmea capturada em Copacabana passou uma noite tranqüila no Zoológico de Niterói, comeu nove espigas de milho e seria solta ontem em uma reserva ecológica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Apesar do protesto de moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, de onde suspeita-se que o animal tenha saído, a diretora do Zoológico de Niterói, Giselda Candioto, afirmou que o novo lar é mais apropriado. "Entendo que as pessoas vão sentir falta de encontrá-la na Lagoa, mas ela está sendo levada para um lugar que é melhor para ela, mais adequado e mais seguro. A capivara gosta de viver em grupo. Ela estava sozinha e agora vai habitar um espaço em companhia de outros animais da mesma espécie", disse Giselda, afirmando desconhecer que, na Lagoa, viva também uma capivara macho. "Acho que isso não é verdade. Mas, se for, ele também tem que ser capturado e levado para a reserva, pois lá na Lagoa esse tipo de animal não tem como ter uma vida muito longa." Apesar de ter enfrentado durante horas um habitat que não é o seu, nadando em água salgada e sendo jogada pelas ondas nas pedras, em Ipanema, a capivara não tinha nenhum ferimento, segundo Giselda. "Ela está muito bem. Não ficou machucada. Por causa do esforço feito, estava com muita fome e sede. Bebeu litros de água e comeu espigas de milho inteiras."
