Brasília – O ministro da Defesa, Waldir Pires, mandou a Infraero investigar as causas dos problemas no equipamento de auxílio de pousos de avião que resultaram no fechamento do Aeroporto de Cumbica por várias horas no fim de semana. Em conversa com o presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira, o ministro recomendou a punição dos responsáveis pelas falhas no sistema. As penalidades vão da advertência à demissão ?exemplar?.
A assessoria do ministro divulgou, no início da tarde, carta enviada à Infraero para cobrar punição dos responsáveis pelo caos no aeroporto. No documento, Waldir Pires diz ter sido informado pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) que, se o equipamento estivesse em uso, não teria ocorrido a suspensão dos pousos em Guarulhos de 2 horas às 8h30 de sábado. A paralisação atrasou 102 vôos, segundo assessores da Defesa.
Equipamento
O presidente da Infraero entrega hoje, às 10h, relatório preliminar ao ministro sobre a paralisação do aeroporto. O relatório levou em conta informações levantadas ontem mesmo por técnicos enviados a Guarulhos Já a sindicância pedida por Waldir Pires, que vai ouvir funcionários das áreas de operação e manutenção do sistema, deverá ser concluída em três dias. ?O ministro pediu investigação rápida e rigorosa?, relatou o brigadeiro José Carlos Pereira.
Cumbica fechou por cinco horas e meia no sábado e três horas ontem, em decorrência de problema no sistema de auxílio de pousos chamado ILS, de categoria 2 (as categorias vão de 1 a 3 e levam em conta a visibilidade). O equipamento de Cumbica foi danificado há dez dias por um raio e, mesmo depois de recuperado, não funcionou mais. A entrada em operação do sistema dependia de teste com avião da Força Aérea Brasileira. Até ontem, o teste não tinha sido feito.