A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão intensificar a fiscalização nas estradas para assegurar a segurança dos passageiros que estão trocando aviões por ônibus por causa da crise aérea. Os órgãos também estão atentos a um eventual aumento do fluxo de veículos nas rodovias, principalmente no Sudeste, onde há maior procura por ônibus e automóveis. Para a Associação Brasileira das Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros (Abrati) as companhias estão prontas para atender a demanda e não há motivos para se temer um apagão rodoviário.
Segundo o superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros substituto da ANTT, Francisco Cavour, o aumento da procura por passagens de ônibus para cidades do Nordeste não foi significante. A procura maior é no Sudeste, onde a distância entre as capitais é relativamente pequena. Segundo Cavour, houve um aumento de cerca de 20% na venda de passagens rodoviárias para distâncias de até 600 quilômetros, como é o caso do trajeto Rio-São Paulo.
A PRF no Rio tem a informação de que o número de ônibus que liga as duas cidades pela Via Dutra aumentou 35%. No entanto, a concessionária Nova Dutra não registrou um aumento significativo no fluxo de veículos em geral, apesar de muitos passageiros da Ponte Aérea estarem viajando em carros próprios ou alugados.
"Mais de 500 mil veículos passam pela Dutra por dia, então o aumento não é muito perceptível. A nossa preocupação é maior com ônibus. Vamos aumentar os pontos de fiscalização para verificar as condições de segurança dos veículos e dos motoristas, que não podem estar cansados. Um acidente na Dutra, mesmo com velocidade máxima de 90 Km/h, pode ter um nível de gravidade muito elevado" disse o inspetor André Azevedo, da assessoria de comunicação da PRF no Rio.
