A veterinária Denise Prado, de 31 anos, já perdeu cinco quilos desde que seu cachorro Dudu, um maltês de três anos, foi roubado de sua casa, há um mês. Desde então, a moradora do bairro Jardim, em Santo André, no ABC paulista, tem espalhado imagens do cão nas cidades da região e na zona leste de São Paulo, oferecendo algum tipo de recompensa para quem encontrar Dudu.
“Eu não tenho mais vontade de comer, não durmo direito e não consigo me concentrar no trabalho depois que o Dudu foi roubado”, diz a veterinária. “O Dudu tem um problema crônico de alergia e precisa tomar medicamentos e comer ração especial. Ele é alérgico a pó, grama e a alimentos como carne de frango. Não é qualquer pessoa que pode cuidar dele.”
Além de colocar as fotos de Dudu no Orkut, Facebook e Twitter, Denise enviou cerca de 500 cartas com cartazes do maltês para donos de pet shops e clínicas veterinárias. Em todo o material, Denise menciona estar disposta a recompensar quem encontrar seu cão. A veterinária não fala em valores, mas promete conseguir outro filhote para dar à pessoa que, porventura, tenha comprado Dudu de alguém.
“Acredito que um dos ladrões tenha levado o cachorro para vendê-lo ou para presentear uma namorada, pois o roubo aconteceu uma semana antes do Dia dos Namorados”, conta Denise. “Essa e outras hipóteses estão sendo apuradas no inquérito policial”, afirmou o delegado Oswaldo Fuentes Júnior, titular do 2.º DP de Santo André.
Dudu foi roubado por dois criminosos por volta das 15h do dia 2 de junho. Denise estava chegando em casa e viu quando um deles entrou em um carro com a cama e os brinquedos de Dudu. “Se tivesse desconfiado que meu cachorro estava com os bandidos, eu seguiria o carro deles.”
Casada há oito anos, Denise não tem filhos. “O Dudu era o meu bebezinho.” Ela adotou o maltês em 2009, após duas pessoas que não se adaptaram com o comportamento agitado do animal o devolverem para o pet shop no qual ela trabalha.
Especialista em comportamento animal, o professor de psicobiologia da PUC Mauro Lantzman diz que o sofrimento de Denise é comum. “Quando o vínculo afetivo entre dono e animal é rompido, entra em funcionamento o comportamento de luto. Se a pessoa tem algum tipo de fragilidade, o sofrimento vai ser mais intenso. É recomendável uma avaliação psicológica.” As informações são do Jornal da Tarde.