O nível do Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento da capital paulista e da Grande São Paulo, registrou o 45º aumento consecutivo neste sábado, 16. O manancial, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, subiu 1,9 ponto porcentual, a maior alta desde o início da crise hídrica, em janeiro de 2014. Na sexta o Cantareira já havia registrado recorde e subido 1,3 ponto.
Com isso, passou a operar com 37,1% de sua capacidade, ante 35,2% no dia anterior, de acordo com o índice tradicionalmente divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice divulgado pela Sabesp considera o volume morto como se fosse volume útil do manancial. Os outros sistemas tiveram alta, com exceção do Rio Grande, que ficou estável.
A última vez que o manancial ficou estável foi em 2 de dezembro, com 19,6%. Já a última queda foi em 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para 15,6%.
A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 7,8% da capacidade, contra 5,9% do dia anterior. Já conforme o terceiro índice, o sistema tem 28,7%, ante 27,2% nesta quinta-feira, 14.
Outros mananciais
Atualmente responsável por abastecer o maior número de pessoas na região metropolitana (5,8 milhões), o Guarapiranga registrou novo aumento e opera com 84,7% da capacidade, alta de 0,6 em relação ao dia anterior.
Proporcionalmente, o sistema que registrou a maior elevação depois do Cantareira foi o Rio Claro, que subiu 1,2 ponto porcentual e passou de 77,5% para 78,7% da capacidade.
Já o Alto Cotia subiu 0,9 ponto porcentual e opera com 98,6%, ante 97,7% do dia anterior. Por sua vez, o Alto Tietê subiu 0,4 ponto porcentual e variou de 28% para 28,4%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014. O Rio Grande ficou estável em 95,6%.