Brasília – O empresário Sebastião Augusto Buani e a mulher dele, Diana Buani, voltaram ontem ao trabalho na administração de dois restaurantes e uma lanchonete no prédio do Ministério da Fazenda em Brasília. Com o risco de ter o contrato dos restaurantes revistos, Sebastião Augusto Buani disse que não teme qualquer investigação. "Estou com as minhas contas em dia e prestando um bom serviço", afirmou.

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Ele demonstra, no entanto, a indignação com uma eventual revisão dos contratos que prejudicaria os seus negócios. "Estou revoltado. Esse é meu ganha-pão. A corda sempre arrebenta no lado mais fraco." Uma pesquisa de opinião com os clientes dos restaurantes começou a ser feita ontem. Augusto Buani disse que pôs um ponto final na denúncia de propina contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), ao apresentar a cópia do cheque de R$ 7.500,00 sacado pela secretária dele, Gabriela Kênia Martins.

"A minha história acabou ali. Não agüento mais! A minha vida mudou nesses dez dias", afirmou ele, sobre o tumulto que virou a sua vida (e a do presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti, desde que resolveu denunciá-lo). "Se ele (Severino) falar a b, c ou d, não tenho mais nada a falar", disse. "Não há necessidade de ficar me expondo todos os dias", acrescentou. Segundo o empresário, as concessões do ministério pertencem à empresa Fiorella, da ex-mulher dele, Maria Antônia Carvalho. Além dos dois restaurantes e uma lanchonete na sede da pasta, a empresa tem a concessão de uma lanchonete em outro prédio do ministério na capital federal.

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