brasil

Candidato a vereador é alvo de operação na Cracolândia

Mais de cem policiais civis realizam na manhã desta sexta-feira, 5, a uma megaoperação para combater o tráfico de drogas na Cracolândia, na região central da capital paulista. São cumpridos mais de 20 mandados de prisão e dezenas de busca e apreensão. Um dos alvos da Operação Marrocos é candidato do PV a vereador. Segundo as investigações da polícia, ele é suspeito de receber dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e repassar parte da quantia para um movimento de luta por moradia.

Policiais militares dão apoio à ação coordenada pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

Investigações do Denarc apontaram a existência de um esquema de fornecimento e distribuição de drogas no centro de São Paulo. Segundo a polícia, sem-teto compravam entorpecentes direto do fornecedor e faziam a distribuição entre sem-teto e usuários. Entre os pontos de venda estão a Cracolândia e o Cine Marrocos.

Procuradas, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo ainda não se manifestou sobre a operação. Já a Prefeitura de São Paulo informou, em nota, que não participa da ação, mas que “está acompanhando os desdobramentos”.

Em maio, dependentes e traficantes haviam voltado a montar barracas para driblar a fiscalização das autoridades e manter o consumo de crack no chamado “fluxo”, ocupando um quarteirão da Alameda Dino Bueno. No interior da barracas, traficantes deixavam mesas e cadeiras, onde as pedras de crack eram expostas em pratos. Pelo chão, havia muita sujeira. O movimento ao redor dali era intenso.

O programa São Paulo de Braços Abertos, da Prefeitura, que foca em combater a fragilidade social dos dependentes – e não o tráfico, que é de responsabilidade da polícia – teve início em janeiro de 2014, justamente quando a “favela” da Cracolândia havia ganhado as manchetes dos jornais.

No fim do ano passado, quando começaram a surgir novas barracas, ainda de forma velada, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passou a impedir a entrada de carrinhos de carroceiros no fluxo – a justificativa era que, dentro deles, os frequentadores levavam materiais para erguer as tendas de lona.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo