Duas manifestações realizadas em Campinas na manhã deste sábado reuniram grupos a favor e contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Um ato pelo Dia Internacional da Luta das Mulheres reuniu cerca de 500 pessoas segundo os organizadores e 200 na avaliação da Polícia Militar. Outro ato foi para chamar a população para a manifestação contra o PT e pelo impeachment, que será realizado na manhã de domingo, a partir das 13 horas, no Largo do Rosário. Os manifestantes falaram que reuniram mil pessoas, mas não houve avaliação da PM.
O ato das mulheres defendeu a democracia e a manutenção do Estado de Direito, mas também foi crítico em relação à política econômica do governo Dilma. “Passamos por um momento de crise e as mulheres são as que mais sofrem com isso. Não podemos aceitar que a população pobre pague essa conta sozinha”, disse Lourdes Simões, da Marcha Mundial de Mulheres, um das 50 entidades participantes.
A manifestação começou na Estação Cultura e percorreu a Rua 13 de Maio, a principal via comercial da cidade, até chegar à Catedral de Campinas. Um grupo de religiosos chegou a pedir que as mulheres não ocupassem as escadarias da igreja. O principal motivo foi o incômodo causado por faixas defendendo a descriminalização do aborto.
O ato dos manifestantes antigoverno mudou o local de saída, na Avenida Francisco Glicério, para evitar um encontro do grupo de mulheres, que terminou sua manifestação perto da avenida. Após o encontro dos manifestantes no Cambuí, bairro nobre da cidade, eles saíram em uma carreata pela cidade. Não foram registrados conflitos.