O primeiro caso de zika vírus autóctone (contraído na própria cidade) foi confirmado nesta terça-feira, 2, pela Secretaria de Saúde de Campinas (SP). A vítima é um jovem de 20 anos que foi infectado em abril do ano passado. Ele doou sangue no Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) antes de apresentar os sintomas.

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O paciente que recebeu a doação não foi contaminado, mas apresentou alterações incompatíveis com o seu quadro de saúde. Exames foram solicitados ao Instituto Adolfo Lutz para diagnosticar dengue, mas o zika foi detectado, sendo o resultado entregue no final de janeiro. Outros dois pacientes que também receberam sangue do mesmo doador – que é do Sudoeste do País – não apresentaram problemas.

Carmino de Souza, secretário de Saúde de Campinas, explicou que o receptor do sangue permaneceu internado na Unicamp por quatro meses de 2015, tendo recebido cerca de 100 transfusões. Para achar o doador, foi feito um rastreamento, mas ainda falta descobrir o que exatamente ocorreu.

O rapaz contou que passou a apresentar os sintomas do zika em abril após a doação de sangue e que na ocasião ficou em Campinas e não viajou para outro lugar. “Estamos tentando entender o que aconteceu naquela época”, disse Brigina Kemp, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).

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Números

A maior preocupação agora é que o zika vírus circula em Campinas, que tem ainda seis casos da doença sob investigação. Outros 19 foram descartados no ano passado. A cidade soma também cinco registros de chikungunya.

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A direção do Hemocentro descartou a necessidade de mudanças no processo de doação de sangue por causa desta contaminação.