Campanha pela redução da jornada de trabalho reúne 77 mil assinaturas no Paraná

A campanha para a redução da jornada de trabalho já reuniu mais de 77 mil assinaturas no Paraná. Em todo o Brasil foram 1,5 milhão de assinantes. As principais centrais sindicais – entre elas CUT, UGT, CFT, CTB e Força Sindical – coletaram assinaturas entre fevereiro e junho deste ano com o objetivo de diminuir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.

Com 1,5 milhão de assinaturas, a Proposta de Emenda Constitucional que prevê a redução da jornada pode se tornar uma lei de iniciativa popular, e assim não precisará tramitar nas comissões do Congresso Nacional para entrar em vigor. Dirigentes e militantes do movimento sindical entregaram ao Congresso Nacional o abaixo-assinado com as assinaturas. O documento foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais deve gerar 2,2 milhões de novos empregos. Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social Nelson Garcia, a medida deve beneficiar a economia brasileira, já que contribui para a criação de empregos, além de melhorar a qualidade de vida do trabalhador. ?Com menos tempo de trabalho, a taxa de doenças ocasionadas pelo esforço repetitivo deve diminuir, além de proporcionar ao trabalhador mais tempo para a qualificação profissional e a preocupação com a família?, afirmou.

Saúde

Uma pesquisa realizada pelo governo de Barcelona indicou que o excesso de horas de trabalho tem conseqüências para a saúde física e mental, como ansiedade, depressão e problemas cardíacos. Segundo o resultado do estudo, uma jornada de trabalho acima de 40 horas por semana afeta principalmente a saúde das mulheres. Os homens sofrem principalmente por meio de distúrbios no sono, já as mulheres mostram mais sintomas como hipertensão, ansiedade e aumento de probabilidade de fumar.

O secretário lembrou também que a redução da jornada e, consequentemente, a diminuição do número de doenças e acidentes relacionados com o trabalho, não resulta apenas em melhoria das condições de vida da população. É também uma forma de diminuir os gastos do estado com a previdência social.

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