Campanha de vacinação será modelo para outros

Seis observadores e consultores internacionais do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) desembarcaram no dia 1 de agosto, no Brasil, para acompanhar e conhecer a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola.

A campanha começou dia 9 de agosto e se estende até 12 de setembro. Os visitantes chegaram para trocar experiências que poderão ser levadas a outros países, já que esta é a maior mobilização do mundo para imunizar indivíduos adultos. Até quinta-feira (4) os observadores se reunirão com técnicos brasileiros em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro. 

Trocas

De acordo com a coordenadora da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Rubéola, Marlene Tavares, o planejamento de uma ação grandiosa como esta depende essencialmente de levar em consideração as diferenças regionais e culturais entre as regiões do país. “Para atingirmos o objetivo, o Ministério da Saúde faz o acompanhamento da campanha nos 5.564 municípios. Em todas as cidades brasileiras, os profissionais receberam treinamento e foram capacitados para orientar a população e monitorar os resultados”, explica.

Para o consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS), David Sniadack, há grande expectativa em conhecer os métodos para identificar e estabelecer relações com parceiros. “Queremos discutir quais são as estratégias mais efetivas para captar essa população-alvo. Como os países podem convocar as instituições, as escolas e as empresas a participarem de uma grande campanha de vacinação”, diz Sniadack.

Antes de deixar o Brasil, os observadores participam de uma nova reunião, quinta-feira (4), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para que possam esclarecer as dúvidas com técnicos brasileiros, opinar sobre o programa e falar das possibilidades de adaptação do modelo brasileiro a seus países.

Referência Internacional

O programa brasileiro de imunizações é considerado uma referência mundial pela OPAS. Pela experiência comprovada e atestada internacionalmente, técnicos do PNI já organizaram campanhas de vacinação no Timor Leste e ajudaram programas de imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os brasileiros também capacitaram técnicos do Suriname e de Angola. Hoje, o governo brasileiro mantém acordos de cooperação técnica com, pelo menos, 13 países.

A OMS estima que existam 110 mil novos casos de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) a cada ano no mundo. Em 1996, 65 países tinham a vacina de rubéola em seus calendários nacionais de imunização. Em 2006, o número de países passou para 123 países.  No Brasil, foram notificados 8.684 casos de rubéola durante o ano de 2007, a maior parte entre homens. Também foram registrados 20 casos de SRC em bebês.

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